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domingo, 9 de setembro de 2012

Isaque Santos - Trabalho de videoperformance Curso Bacharel em Artes Cênicas (Professor Rodrigo)

 

Isaque Santos - Trabalho de videoperformance
Curso Bacharel em Artes Cênicas (Professor Rodrigo)

Quanto tempo? Quantos quilômetros? 

De onde vem o tapa que me ofende e a chuva que me salva?

Perdi as contas de quantas vezes chorei com as folhas secas do meu quintal.

E ainda não sei que faço com essa bagunça?

Quantos quilômetros tem que percorrer um homem até encontrar a felicidade?
Eu sei. Eu sei que depende do que é que esse homem considera felicidade.

Mas, e se a felicidade for apenas sentir-se realmente livre e independente?
Quanto tempo?
Quantos quilômetros?

Se alguém souber me responda. Mas seja rápido, por favor. Tenho pouco tempo.

Quantas voltas mais tenho que dar nesse meu mundo particular até estar feliz?

Quantas encarnações em uma única vida eu vou ter que enfrentar até me sentir leve?

O tempo corre. E o meu escapa por entre os dedos das mãos.

A vida passa. Os dias parecem mais curtos de anteontem para cá.

Eu sinto que o tempo é curto demais, preciso esquecer a prudência e voar, entende?

Preciso voar para no ar arejar a cabeça.


Relaxar.

E o tempo perdido?
E o fim da linha?
São fatos concretos. Q’Eu prefiro não pensar

Já passaram 24hs desde minha última fuga para o meu lugar seguro.

Sinto minhas pernas formigarem, as mãos suarem. Um nervoso incontrolável e insuportável.

Não sei se é essa ânsia de fazer tudo de uma só vez.
Não sei se é esse aperto ou essa liberdade que sinto no meu peito quando abandono o firmamento.

No segundo seguinte me debato, agonizo e vomito.

Vomito o desespero do sufocamento de algo vivo, forte, insistente que abrigo e não sei como expressar,
 expulsar,
expelir,
expurgar.
Aliviar o diafragma.

Existe uma inquietude na minha alma que não me deixa esquecer, que não me deixa desistir e me obriga a tentar.

Uma euforia beirando a loucura que grita e sussurra.

- Vai guri! Mas corre porque o tempo é curto. E Não pára!
Nem para chorar nem para descansar.

E eu sigo a ordem. Sigo meu caminho. Sigo minha luta.

Somente eu e minhas overdoses de ousadia.

Uma compulsão absurda que me faz dizer: EU QUERO.

Um desejo de desengasgar, falar tudo que fervilha entre um pensamento e outro.
E, quem sabe,  com sorte fazer isso sem pronunciar nenhuma palavra.

Desejo de gritar,
de chorar,
de amar,
de gozar a sorte e o azar pelas pontas dos dedos enquanto escrevo.

Na minha alma ansiosa, tempestades e furacões diários me obrigam a seguir em frente. Em busca da próxima dose de satisfação e dúvida.

Às vezes, inevitavelmente, sendo obrigado a andar em círculos. Lidando com a rotina e sonhando com a liberdade plena dos meus sentimentos.

Correr, mas correr apenas por diversão.


Isaque Santos

 

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