Depois de toda a violência.
O que resta é um desejo de incoerência.
Essa sujeira exposta pela transparência
Escancara toda a nossa carência.
Lutando por conveniência
Agindo com conivência.
Momentos monocromáticos de nossa convivência
Machucando nossa essência
Tudo isso e mais o medo da desistência
Em nome da burra persistência.
Os sonhos e a triste ciência,
Uma apática dose de paciência
Toda sua prepotência
Aliada com a minha impotência
E do coma acordei para a sã consciência
Fugindo de seu amor doente e dessa triste tendência.
Chorando a constante presença da ausência,
Deitava frio e pálido na cama da subsistência
Acordei e dei tchau para essa decadência.
Finalmente, meu coração implorou por clemência.
Fugi dessa lamentável existência
Desse óbito por obsolescência.
Isaque Santos